Casos, acasos, pensamentos e devaneios

...somos parte de um todo cheio de momentos inusitados que nos levam a refletir e concluir que a vida pode sim ser mais simples, que pode sim ser vivida e, a parte disso, podemos sim fazer a diferença...



sexta-feira, 23 de abril de 2010

SOLTEIRO


Sempre briguei comigo mesmo quando tentava me definir como solteiro. Sempre me referi como um solteiro convicto, unica e exclusivamente, por ter certeza e aceitar muito bem aquela minha condição. Mas um dia ao navegar pela net me deparei com um texto que me fez refletir em cima da condição de solteiro "convicto". Eis o texto extraído do blog Laranja Armericana (www.laranjaamericana.blogger.com.br) , de autoria de Leando Damasceno.


"Todo solteiro crônico precisa de um amigo solteiro convicto. Esta afirmação pode parecer confusa ao não-iniciado, até pela diferença entre os termos. E não apenas isso, também o problema da presença do verbo "precisar" nessa frase.

Vamos começar pelo simples. A diferença entre o solteiro crônico e o convicto é pura e simplesmente no objetivo de ambos. Enquanto o convicto não quer encarar um relacionamento (foge dele como o diabo da cruz), o crônico adoraria começar um. Aliás, a grande frustração do solteiro crônico é de estar na sua condição, o que é o oposto para o convicto, que está felicíssimo com isso.

Como a palavra "relacionamento" é utilizada por ambas as espécies frequentemente, uma como praga e outra como reza, ambas sabem que sua condição é temporaria. Aliás, o fato é que ambos os tipos esperam encontrar uma mulher que os mereça e conquiste.

Do ponto de vista da conquista, o crônico sabe que precisa conquistar, então fica num esforço quase sobre-humano de tentar com todas que lhe interessem, o que gera grandes frustraçõe e crises de depressão. O convicto ja não se importa tanto. Quando tenta conquistar, ele faz por objetivos práticos para maior obtenção de favores sexuais. Enquanto que o primeiro já é mais facilmente arrebatado e sabe melhor o que quer, o segundo não quer porra nenhuma, cria ideais inatingíveis de perfeição para justificar o pouco de canalhice que possui. No final, o convicto acaba sendo o cara que se pode chamar de galinha e difícil, equanto que o crônico é o tipo romântico e complicado. Um é pragmático e o outro é subjetivo. Segundo um amigo meu, o canalha é o único romântico possível no novo milênio.

Ironicamente, todos sabemos que para as mulheres é muito mais fácil lidar com o convicto. Num mundo em que as mulheres estão se masculinizando, a idéia da conquista do macho, o máximo da comprovação freudiana da inveja do pênis, um solteiro convicto é muito mais interessante que o crônico.

Enquanto ambos não chegarem ao seu ultimo estágio de evolução (que é estar dentro de uma relação), na sua fase solitária eles acabam descobrindo a força da união de seus esforços.

O fato é que todos sabemos que as mulheres trabalham comparativamente. Quando analisam um grupo, elas tendem a indentificar as diferentes personalidades dentro dele para ver o que cada um tem de defeitos e qualidades. Acredito que isso tenha começado com uma banda de Liverpool. Não é atoa que todos os grupos com fíns meramente comerciais depois dos Beatles tenham usado essa fórmula ad nauseum. Com isso, mulheres que preferem caras legais muitas vezes vão se sentir mais a vontade de se aproximar dele ao ver que é muito melhor que o amigo e o mesmo acontecerá com as que preferem os canalhas.

Além disso, uma inveja e admira o outro, o que gera um grande respeito. O convicto se sente culpado por pensar assim (até porque deve lembrar da relação com a mãe). O crônico queria ser convicto para não sofrer. E ambos acabam sempre estando disponível para ir à esbórnia. Quando todos os outros amigos estão namorando é a melhor saída.

Além do mais, solteiros convictos em bandos acabam sendo repugnantes para as mulheres. E crônicos em grupos de dois ou mais acabam gerando uma péssima sensação de mal-estar e depressão no ambiente.

Po fim, o dia chega. Evolução Pokemom! Os solteiros deixam de ser assim... O mais interessante é que o crônico começa a adquirir uma sensação de super-homem e fica um pouco mais canalha. Não um cretino completo, mas tanta energia acumulada acaba tornando o cara um furacão sexual que a mulher tem que aprender a segurar, se não vai comer a vizinha, a sindica, a sogra... O outro, em compensação, fica tão surpreso e maravilhado com o que parecia impossível que fica manso que nem cordeiro. No final, a tendência é mesmo um equilíbrio, mas invertendo um pouco os papéis.

Se eu fosse mulher pegaria o crônico! "


Aí agora fulerô tudo.. eu ja num sei que tipo de solteiro eu sou! Se sou um convicto que um dia se torna-rá crônico, ou um crônico que um dia se torna-rá convicto... Me parece crônico a convicção de que sou um crônico convicto que deseja ser um convicto crônico!

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